Tipos de hedge cambial que um investidor expatriado precisa conhecer

Quais tipos de hedge cambial um investidor expatriado deve conhecer? Proteja seu patrimônio das oscilações do câmbio com boas estratégias.

A volatilidade do câmbio pode afetar significativamente os investimentos de quem mora fora do Brasil. Então, para minimizar riscos, é essencial conhecer os tipos de hedge cambial, estratégias que protegem o patrimônio da variação da moeda. 

Se você é um investidor expatriado que mantém aplicações no Brasil, compreender as diferentes abordagens de proteção cambial pode fazer toda a diferença na rentabilidade dos seus ativos. 

A seguir, exploramos as principais formas de hedge, bem como suas vantagens e aplicações na estratégia de investimentos.

Qual é a importância do hedge cambial para expatriados?

Em suma, o hedge cambial é uma estratégia financeira utilizada para proteger investimentos contra a volatilidade do câmbio. Para expatriados que investem no Brasil, a oscilação do real pode impactar diretamente os ganhos, tornando essencial a utilização de mecanismos que minimizem perdas.

Algumas razões para considerar o hedge cambial:

  • Proteção contra a desvalorização do real em relação à moeda local;
  • Maior previsibilidade nos retornos financeiros;
  • Segurança na remessa de valores entre países.

Com essas vantagens em mente, conheça os principais tipos de hedge cambial disponíveis no mercado.

1. Hedge natural: diversificação como estratégia de proteção

Um dos principais tipos de hedge cambial é, primeiramente, o hedge natural, que consiste na alocação de investimentos em ativos que já oferecem uma proteção cambial embutida. Para um expatriado, isso pode significar investir em ativos internacionais ou setores dolarizados.

Exemplos de hedge natural:

  • Investimentos em empresas exportadoras: Companhias que vendem seus produtos no exterior tendem a se beneficiar da alta do dólar, como as do setor de commodities, por exemplo;
  • Fundos cambiais: Aplicações que acompanham a variação do dólar e outras moedas fortes;
  • Ações de empresas estrangeiras: Possibilitam exposição direta a economias estáveis e moedas fortes.

Essa estratégia é interessante por ser simples, principalmente por não envolver custos adicionais com contratos financeiros.

2. Hedge com derivativos: contratos futuros e opções cambiais

Os derivativos cambiais são instrumentos financeiros amplamente utilizados por investidores que precisam de previsibilidade no câmbio. Desse modo, as principais modalidades são os contratos futuros de dólar e as opções cambiais.

Contratos futuros de dólar

Os contratos futuros permitem ao investidor travar uma cotação do dólar para uma data futura. Ou seja, esse mecanismo evita surpresas desagradáveis com a volatilidade cambial.

Portanto, suas maiores vantagens são:

  • Proteção eficaz contra a variação cambial;
  • Permite alavancagem, potencializando ganhos (e riscos).

Opções cambiais

As opções são contratos que dão ao investidor o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender moeda a um preço pré-definido.

Nesse sentido, essa modalidade tem como diferenciais:

  • Maior flexibilidade em relação aos contratos futuros;
  • Exige um menor desembolso inicial.

Essas estratégias são recomendadas para investidores mais experientes ou que contam com assessoria especializada para sua implementação.

3. Hedge com contratos de swap cambial

O swap cambial é um contrato financeiro em que o investidor troca a variação cambial por um índice de referência, como a taxa CDI. Além disso, esse tipo de hedge é comum entre grandes investidores e empresas que buscam previsibilidade em suas obrigações financeiras.

Como funciona?

Imagine um investidor expatriado que tem rendimentos no Brasil, mas deseja evitar oscilações do câmbio. Ele pode contratar um swap para garantir que sua rentabilidade acompanhe a variação do dólar, protegendo-se de uma eventual desvalorização do real.

Mas, embora seja eficaz, essa estratégia exige um conhecimento mais técnico do mercado financeiro. Como vantagens, destacamos:

4. Hedge com depósitos em moeda estrangeira

Por fim, outra forma prática de proteção cambial para expatriados é manter parte dos recursos em contas bancárias em dólar ou outras moedas fortes.

Dentre os benefícios dessa abordagem estão:

  • Liquidez imediata;
  • Redução da exposição direta ao real;
  • Possibilidade de investimentos no exterior com maior facilidade.

Contudo, os principais desafios dessa estratégia são os custos operacionais e eventuais tributações sobre depósitos em moedas estrangeiras.

Como escolher a melhor estratégia de hedge cambial?

A escolha do melhor tipo de hedge cambial vai depender de acordo com o perfil do investidor, do montante aplicado e dos objetivos financeiros. Para expatriados, é essencial considerar fatores como:

  • Horizonte de investimento: Estratégias de longo prazo podem ter custos reduzidos;
  • Perfil de risco: Investidores conservadores podem preferir fundos cambiais, enquanto os mais arrojados podem operar derivativos;
  • Facilidade de execução: Algumas estratégias exigem maior conhecimento técnico e acompanhamento frequente.

Dessa forma, contar com uma assessoria especializada pode facilitar a decisão e garantir uma estratégia eficiente e personalizada.

Proteja seus investimentos com a estratégia certa

Cada um dos tipos de hedge cambial pode ser indispensável para expatriados que investem no Brasil e desejam minimizar os riscos da volatilidade do real. 

Com a assessoria especializada da DOC Investimentos, investidores expatriados podem otimizar sua proteção cambial. Nossa equipe experiente, em parceria com o BTG Pactual, garante estratégias personalizadas para cada perfil de investidor. 

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